JERRI DIAS de A – Z – A Autobiografia

Jardim da Infância, Escola Estadual Cândido Portinari, no bairro Menino Deus (Porto Alegre), 1973.
A menina com quem estou disputando corrida de bicicleta era irmã adotiva da professora. 
Eu fiquei próximo dela apenas para me aproximar de sua irmã mais velha ;-) 
Notem que eu era o único com capacete naquela época. Sempre um cidadão consciente...

 
C de COVARDE
 
Aos 6 anos, enfim, fui para o Jardim de Infância, onde finalmente poderia exercer meu traquejo social e conversar com pessoas da minha idade, já que meu irmão e minha irmã eram mais novos que eu e mal sabiam falar direito. Só serviam mesmo para eu andar de cavalinho neles!
Mas eis que ao entrar na sala, me deparo com uma deusa loira de óculos! Foi aí que nasceu minha paixão por loiras e mulheres de óculos. Loiras que depois acabei deixando de lado pelas morenas e morenas que acabei deixando de lado não totalmente por mulheres de perfis mais exóticos ou orientais.
Mas estou me adiantando e babando sem motivo. Voltemos aos meus 6 anos...
Como dizia lá, estava ela, linda e loira. Me cumprimentou com um beijo no rosto, me deu um brinquedo e me empurrou pra junto de um bando de pirralhos que esperneavam, gritavam e quebravam os brinquedos uns dos outros. Quebraram o meu também, mas não me importei, estava apaixonado pela minha professora! Infelizmente, como em uma tragédia shakespeariana, nossa relação estava fadada a não se consumar, pois eu era muito tímido e covarde para me declarar. Meu único consolo é que nossas famílias nunca permitiriam nossa união. Mas eu até hoje lembro disso e choro.
E depois vou pra balada ficar com a mulherada que ninguém é de ferro!   


Continua em D de DEDO-DURO.


Esse texto foi adaptado de meu antigo blog no site da CAPRICHO.


Comentários

Tay disse…
Hahaha, adorei Jerri! "As nossas famílias nunca permitiriam nossa união", mas qual criança nunca teve amor por um professor ou uma professora? Típico. Gostei muito do texto, fazia tempo que não vinha aqui! Beijo!

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