JERRI DIAS de A – Z – A Autobiografia
1975, algum aniversário lá em casa, não sei de quem.
Na frente, da esquerda para a direita: Xande, meu irmão Jacques, minha irmã Jacqueline e eu (mostrando a capa do livro).
Atrás: Uma guria que não lembro, Carla, outra guria que não lembro e Ricardo Maia, o guri com cara de safado.
E de ENCICLOPÉDIA HUMANA
Alfabeto e um vocabulário mínimo decifrado, comecei a devorar todo gibi ou livro que me aparecia na frente, até o que não devia. Meu tio, que uma época foi morar lá em casa, trouxe com ele raras jóias literárias, como os quadrinhos pornôs de Carlos Zéfiro, que eram vendidos secretamente nas bancas de jornais em uma época em que revistas pornôs era proibidas pela Ditadura.
Meus pais não tinham controle algum sobre o que eu pegava pra ler e assim, além dos catequismos (como eram conhecidos) de Zéfiro, acabei lendo muitos livros para adultos antes de completar 13 anos e até enciclopédias eu lia, o que me valeu o apelido de intelectual na minha família quando eu era criança. Claro, depois dos 13, passei a ser chamado de louco pela minha família, mas isso é outra história.
Data dessa época o meu interesse por dinossauros e hoje tenho como certo que fui um T-Rex na minha reencarnação passada. Na época meus pais até comentaram em me colocar num concurso do Sílvio Santos para crianças metidas a sabichonas (hoje chamamos nerd) pra ganhar um dinheiro, mas não rolou. Ainda bem, pois nessa de virar criança-prodígio eu podia acabar que nem o Michael Jackson ou a Britney Spears! E hoje eu seria um pouco mais louco.
Mas de tanto as pessoas ficarem elogiando a minha inteligência, eu acabei acreditando que era muito esperto mesmo e passei a chamar todo mundo de burro (já treinando para quando fosse ditador). Claro que tinha sempre uns burros que não gostavam que eu chamasse eles de burros e em sua burrice eles zurravam e me coiceavam. Tudo bem, eu sei que era pura inveja da minha sapiência suprema!
Continua em F de FÉRIAS FRUSTRADAS!
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