MORBIUS (Morbius, EUA, 2022) - Crítica
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Sinopse
Ao tentar
uma cura para sua doença rara utilizando DNA de morcegos, o bioquímico Michael
Morbius se transforma em um vampiro vivo.
O diretor
O diretor sueco
(sim, sueco) Daniel Espinosa teve dois filmes dignos de nota antes de Morbius,
Crimes Ocultos (2015) e Vida (2017). Como diretor ele é competente, mas muito
dependente da qualidade dos roteiros que escolhe para realizar um bom filme.
O filme
Ao chegar
em casa após a sessão de Morbius, fiquei pensando na direção sem inspiração de
Espinosa onde além de emular a câmera super lenta de Snyder em vários momentos (o
que até foi bom, pois aí se consegue ver o que está acontecendo), ele
desperdiçou um grande talento como Jared Leto em um filme onde ele poderia ter
usado o Método para tornar seu personagem bem mais interessante. Afinal,
vampiros são criaturas fascinantes e ver um bom ator lutando para não virar um
monstro até que seria bacana. Mas infelizmente a decisão do diretor e do
próprio protagonista parece ter sido a de que vampiros são criaturas
desinteressantes.
Sem a câmera lenta é complicado ver Morbius, já que ele parece se mover a uma velocidade digna do Flash. E o efeito puramente estético de colocar essa névoa quando o personagem se movimenta só dificulta ainda mais a visualização. Mas dane-se, isso deixa tudo mais coloridinho.
Com muitas
cenas de ação sem tensão e sem emoção, percebe-se também que nem mesmo os
extras ficam muito assustados ou reativos ao verem Morbius lutar ou agir no
meio da rua ou no metrô. Onde estava o assistente de direção nessas horas para coordenar
essa gente?
-Nah, coloca ele pra fazer um monte de vampirices.
No fim, fui
na fonte e descobri os verdadeiros culpados. Os produtores malvados que destoem
o trabalho do diretor? Não, os roteiristas Matt Sazama e Burk Sharpless. A
dupla sempre trabalha junto e são responsáveis por bombas como Deuses do Egito
(2016), Drácula: A História Nunca Contada (2014) e pelos bem mais ou menos O
último Caçador de Bruxas (2015) e Power Rangers (2017). Com esse currículo, quem foi que contratou esses caras para escrever Morbius e achou que sairia coisa boa? O filme
tem uma sequência enorme de cenas elaboradas preguiçosamente, diálogos mal
escritos, bobos e decepcionantes. Espinosa nunca teve uma chance com um roteiro
desses dois. O atraso constante do lançamento do filme, que deveria ter sido
lançado em julho de 2020 foi apenas por conta da pandemia, não devido a cortes
por causa do péssimo roteiro ou direção frouxa. Mas até que poderiam ter
tentando editá-lo novamente. Não iria adiantar, mas pelo menos teriam tentado.
Mas se seus
filhos ou sobrinhos entre 9 e 12 anos gostam de filmes de terror e quer levá-lo
para ver vampiros que não assustam, Morbius é o filme. Assim como Venom, é mais um fracasso da Sony em tentar criar um universo decente com os vilões do Homem-Aranha.
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