THE FLASH (EUA, 2023) – Crítica

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Corra para o cinema que a DC fez um filme bom

Sinopse

Barry Allen usa seus poderes para voltar no tempo e salvar sua família, mas isso pode acabar resultando em uma realidade alternativa ainda mais trágica. 

O diretor

Andy Muschietti é um diretor argentino que caiu nas graças de Guillerme Del Toro com seu ótimo curta Mama (2008), que acabou virando o fraco longa Mama (2013). Alguns anos depois, Muschietti dirigiu o filme IT – A Coisa (2017) e sua sequência.


O diretor e Ezra Miller.
O filme passou por diversos roteiristas e diretores e seu lançamento era programado desde 2018. E devido aos escândalos criminosos de Miller no ano passado, correram boatos de que o filme poderia não ser lançado, a exemplo do que a Warner fez com Batgirl.

O filme

Depois das bobajadas de Adão Negro (2022) e Shazam: Fúria dos Deuses (2023), finalmente um filme bom com um herói da DC que ostenta um relâmpago no peito.


Se a DC tivesse sido bem sucedida em criar seu universo, esse filme seria o equivalente a Homem-Aranha: Sem Volta para Casa.

Se contar a versão de quase 5 horas da Liga da Justiça de Zack Snyder, são 14 filmes do Universo Expandido da DC. Coringa (2019) e O Batman (2022) não entram nesta lista. Destes 14, só acho bons O Homem de Aço (2013), Batman V Superman (2016), Mulher-Maravilha (2017), Liga da Justiça de Zack Snyder (2021), O Esquadrão Suicida (2021) e agora, este The Flash. Na sua ânsia de alcançar a Marvel em termos de apelo popular, a DC tem atirado para todos os lados. E tanto crítica quanto fãs e espectadores comuns tem tido uma certa dificuldade em achar coerência neles. A Marvel pode estar perdendo muito de sua qualidade ultimamente, mas pelo menos mantém coerência a maior parte do tempo.   


Na onda nostálgica que invade o fandom, nada mais justo que trazer Michael Keaton de volta como Batman. Ele tinha 69 anos ao gravar o filme, o que faz dele o ator mais velho a interpretar o personagem em carne e osso nas telas.


Inspirado na minissérie Flashpoint, que gerou a ótima animação Liga da Justiça: Ponto de Ignição (2013) e que também inspirou uma temporada da série televisa The Flash, a premissa de viagem no tempo/realidade alternativa/multiverso dá aos roteiristas Christina Hodson e Joby Harold a possibilidade de jogar, surpreender e homenagear uma boa parte do  universo audiovisual dos heróis da DC Comics. Ou ao menos, até onde o orçamento do filme permite.


Na divertida adaptação para a telinha de Crise nas Infinitas Terras nos seriados da DC, Grant Gustin, o Flash da TV, encontra com a versão de Ezra Miller. Fãs especularam que o mesmo poderia acontecer no filme. 

 

A direção de Muschietti, apesar de sem muita criatividade, é competente o suficiente para que o editor possa construir cenas divertidas e empolgantes com o material que lhe foi entregue.  Ele garante o bom ritmo do filme da primeira a última cena.       

The Flash até poderia encerrar o Snyderverso com dignidade se não fosse Aquaman 2 (do qual não espero nada, já que achei chato o primeiro) a ser o último antes do reboot que está sendo aprontado por James Gunn.  


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