ARGYLLE- O SUPERESPIÃO (Argylle, EUA, 2024) – Crítica

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Sinopse

Quando as tramas dos livros de uma autora de livros de espionagem sobre um super agente secreto começam a espelhar as ações de duas facções de espiões, ambas entram em choque para salvar/assassinar a autora.  

O diretor

Matthew Vaughn é produtor e diretor britânico. Fã confesso de quadrinhos, seu segundo trabalho foi a boa adaptação de Stardust (2007) de Neil Gaiman, seguido do empolgante  Kick-Ass (2010) de Mark Millar, do revitalizado X-Men: Primeira Classe (2011) e do divertido Kingsman: Serviço Secreto (2014), também de Mark Millar. Mas desde que começou com a franquia Kingsman, apesar da boa direção, diálogos afiados e coreografias de luta bem ensaiadas com um jogo de câmera excepcional, tem se repetido muito.  


Matthew Vaughn com seu gato Chip, que faz o papel de Alfie no filme.

O filme

Aparentemente, além de quadrinhos, o director Vaughn adora filmes de espionagem, pois seria a única explicação para dar uma pausa na debochada franquia Kingsman para fazer uma outra paródia de filmes de espionagem. Temáticas, estéticas, diálogos e personagens são tão similares a franquia Kingsman que o espectador mais atento pode se perguntar: Mas porque esse não é um filme dos homens do Rei? Ou é? 

Com um custo de 200 milhões, essa é a produção mais cara que Vaughn já dirigiu. A Apple está investindo pesado em alguns diretores e depois de Scorsese ter levado a mesma quantia para Assassinos da Lua das Flores (2023), foi a vez de Vaughn. 


Depois de Superman, superespião.

Apesar de divertido, brincar com fantasia/realidade, ter uma ótima edição, coreografias e algumas boas piadas e reviravoltas razoáveis, fica aquela sensação de estar vendo o mesmo filme de Vaughn pela 4ª ou 5ª vez. O que se sobressai de fato, no fim das contas é a seleção refinada do elenco, especialmente Sam Rockwell (Aidan) que é um dos atores mais subestimados de Hollywood, mas que felizmente já foi agraciado com um Oscar. Rockwell também já havia interpretado um espião no inteligentíssimo Confissões de Uma Mente Perigosa (2002), com roteiro de Charlie Kaufman. Bryce Dallas Howard está, como sempre, competente e charmosa como a autora que sabe tudo de espionagem. E ter Bryan Cranston e Samuel L. Jackson é um luxo extra, apesar de estarem ali mais pelo cachê mesmo. Tem mais uns atores bacanas, mas que nem vou citar o nome porque são os que mais chamam atenção no trailer.


Sem a química divertida entre Rockwell e Dallas Howard, o filme não se sustentaria.


Mas afinal, Argylle vale o ingresso? Se você quer se divertir apenas vendo mais do mesmo com uma produção mais requintada, sim. Pode ir e se esbaldar com a pipoca. 


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