SUPERGIRL (EUA, 2015 - ) - 1ª Temporada

Você vai acreditar que uma mulher pode voar.
A Personagem

Nos quadrinhos, Supergirl fez parte da leva da família de kryptonianos que viviam surgindo na Era de Prata, incluindo até mesmo um Super-Cavalo. Criada em 1958, ela é certamente a melhor e mais duradoura personagem dessa fase um tanto sem noção.  Embora ela tenha tido diversas variações e nomes diferentes ao longo das décadas, Kara Zor-El é o mais popular. Nos quadrinhos, sua melhor fase foi a escrita por Peter David e ilustrada por Gray Frank (foi publicada pela editora Abril).


 Capa original da primeira aparição de Supergirl.

A Série

Atenção: contém spoilers.

Como Flash, Supergirl também se baseia no carisma e simpatia de sua protagonista, Melissa Benoist. Apesar de ter menos dramaticidade do que Flash, a intenção da série é justamente ser mais leve e ingênua do que as demais séries da DC produzidas pela Warner. Uma resposta dos produtores ao tom mais sombrio e tenso do Superman dos filmes da DC no cinema? Provavelmente.

O fato é que o público está gostando das aventuras de Garota de Aço e como a própria série faz questão de apontar, o empoderamento feminino também faz parte da narrativa. Um ótimo exemplo para o público jovem feminino.  E para os rapazes também.

Ótimo poster promocional emulando capa de quadrinhos e a famosa corrida entre Flash e Superman.

Na primeira temporada, Supergirl revela sua existência para a humanidade (embora suas ações acabem basicamente restritas à National City por conta do orçamento), enfrenta vilões kryptonianos que estão há muitos anos no planeta (e que por alguma razão não conseguiram derrotar Superman nem conquistar o planeta pela força), se associa a uma agência secreta responsável por monitorar e prender criminosos alienígenas (um MIB metido a sério), conhece O Caçador de Marte (que mesmo quando não precisa, faz questão de permanecer humano) e finalmente tem um crossover divertido com Flash (Grant Gustin) no episódio Melhores do Mundo (Aeeeeee).

Além de muitas referências aos filmes, séries passadas e quadrinhos, o elenco conta com participações pontuais de Helen Slater (a Supergirl cinematográfica de 1984) e Dean Cain (o Kael-El de Lois & Clark - As Aventuras de Superman, série dos anos 90). A primeira temporada também conta com a atriz Laura Vandervoort (a Supergirl de Smallville) como Indigo, uma versão feminina de Brainiac com um visual completamente Mystique (versão cinematográfica). E entre os muitos atores, duas curiosidades bizarras: uma atriz chamada Harley Quinn Smith e um ator chamado Justice Leak (de Justice League?).

 Boa parte do orçamento vai em efeitos especiais.
Embora alguns fiquem acima da média, sempre tem aquelas cenas em que você nota a falta de grana.

Apesar dos 3 milhões de orçamento por episódio serem um valor bem alto para uma série de TV, a série sempre deixa a desejar nas sequências de lutas, mesmo comparadas com o Superman II com Christopher Reeve. Golpes que deveriam mandar adversários dezenas de metros para trás ou afundá-los no asfalto, não são diferentes de nenhuma briga entre mortais comuns. Isso até acontece, mas com muita economia. Uma solução simples, rápida e barata para isso seria tremer a cena digitalmente para dar a impressão de onda de choque e adicionar um som impactante a cada golpe. Também colocar um flash branco (como faziam nos desenhos da Liga) no momento do impacto de um golpe não faria mal algum. Isso tem o custo zero de alguns frames em branco.

A primeira temporada ficou em 39º lugar entre as mais assistidas e manteve uma média de quase 10 milhões de espectadores.  Mas a renovação para a segunda temporada só foi possível porque os produtores conseguiram reduzir seus custos originais ao se mudar para Vancouver, no Canadá, local onde muitas séries americanas são gravadas por conta de mão de obra mais barata. Isso fez com que Calista Flochart (Cat Grant) deixasse a série porque ela estipulou em contrato que só  trabalharia nela se permanecesse em Los Angeles. Mas foi acordado que ela viajaria para o Canadá para participações especiais na segunda temporada.

Com participação do próprio Superman, Flash e outros heróis na segunda temporada, Supergirl tem potencial para voar mais alto se diminuir um pouco certos draminhas bobos dos personagens e se concentrar em diálogos mais divertidos (não necessariamente engraçados).  


O trailer foi criado para chamar o público feminino e dá a impressão de uma comédia romântica com música pop de mau gosto, mas o seriado consegue ir um pouco mais além disso.


Quando eu acabar de assistir a segunda temporada, tem mais.  
   

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