GHOSTBUSTERS: MAIS ALÉM (Ghostbusters: Afterlife, EUA, 2021)


Temos cartaz que gera interesse sobre a história ao invés de apenas cabeças cortadas dos atores flutuando? Temos.


Herança assombrada

Sinopse

Mãe solteira herda a velha casa de seu falecido pai e se muda para o interior com seus dois filhos adolescentes. Não demora muito para os dois jovens descubram que sua família tinha relação com os famosos Caça-Fantasmas dos anos 80.


Fantasmas do passado são a razão do conflito interno e externo dos personagens. 

Harold Ramis, Dan Aykroyd, Bill Murray e Ernie Hudson em Os Caça-Fantasmas (1984). 

O diretor

Filho do diretor Ivan Reitman de Os Caça-Fantasmas originais dos anos 80, Jason Reitman criou uma carreira um pouco mais sólida do que a de seu progenitor, começando  com o ótimo Obrigado por Fumar (2005), seguido do cult Juno (2007) e pelo menos mais dois filmes dignos de nota: Amor sem Escalas (2009) e Refém da Paixão (2013). Estranhamente, apesar do sucesso dos dois filmes dos Caça-Fantasmas originais, uma terceira parte, como é comum em Hollywood, nunca foi feita. Mas eis que veio o filho para completar a trilogia com Ghostbusters: Mais Além.  



O produtor Ivan Reitman, Carrie Coon, Finn Wolfhard (Stranger Things), o diretor Jason Reitman e Mckenna Grace.

O filme

Em primeiro lugar, é bom dizer que mesmo tendo visto o filme na minha adolescência nerd dos anos 80, nunca fui fã da franquia. Nota 6 para o original e 5 para a segunda parte. Vamos ignorar o fiasco do reboot (não por ser com mulheres, mas porque era ruim mesmo) e falar sobre essa continuação dos originais com intenções de reboot. 



Com um custo de 30 milhões de dólares na época e com praticamente nenhum superastro além de Sigourney Weaver, ninguém acreditou quando essa comédia de terror se tornou a maior bilheteria de 1984.


Bom, para quem gosta da franquia original, tem muito fan service (agrado aos fãs). E não é nada sutil como uma referência aqui ou ali, o filme é feito praticamente para quem viu e gosta dos filmes originais. Mas quem não viu, não se preocupe, vai se divertir igual, mas sem se empolgar muito com certas aparições, sejam fantasmagóricas ou não.



Paul Rudd (Homem-Formiga) é um dos poucos personagens divertidos da trama, um professor de geologia super-fã do grupo original dos anos 80 e que fica encantado ao descobrir que uma de suas alunas é neta de um deles. O filme foi feito para ele.

Diferente dos filmes originais, onde havia dois grandes comediantes vindos do Saturday Night Live no elenco, o que abria caminhos para muito deboche e improvisação por parte dos atores em uma trama absurda e bem-humorada, agora temos atores mais sérios em uma história mais família e com intenções mais dramáticas.  O clímax chega até a ser comovente, mas novamente, somente para os fãs ou talvez para quem tenha assistido os originais.



Sim, mulheres podem ser ótimas caça-fantasmas! Com um roteiro razoável apesar dos velhos clichês de sempre e um diretor competente, a carismática Mckenna Grace representa bem a nova geração de atrizes adolescentes de Hollywood.

E assim como Jason herdou do pai Ivan essa franquia, os personagens juvenis do filme também herdam do avô a herança de caçar fantasmas com direito a raio/portal abrindo os céus trazendo o apocalipse até que o público canse de ver a mesma história novamente. 

  

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