FILMES VELHOS?

A deusa vamp Louise Brooks,
protagonista do excelente A Caixa de Pandora (1928).


Esse post é uma introdução a minha nova seção de crítica retrô,
onde vou criticar filmes “antigos”. As críticas virão em breve.

O termo antigo ou velho aplica-se normalmente para qualquer filme que tenha sido lançado há mais de um ano. Jean-Luc Godard, cineasta francês, falou certa vez sobre esse costume de se chamar um filme de velho, sendo o cinema considerado arte. Popularmente, o filme é tratado como se fosse uma roupa que saiu de moda e ninguém mais quer usar ou ser vista com ela. Afinal, você já ouviu algum crítico ou uma pessoa qualquer dizer: “Ontem fui ver umas pinturas antigas do Magritte numa exposição.” ou “Estou lendo uma peça velha de Shakespeare.”?! Normalmente as pessoas omitem adjetivos do tipo “velho” e “antigo” e simplesmente citam o autor ou a obra, porquê tais obras são atemporais, podem ser lidas ou vistas em qualquer época que sempre haverá alguém disposto a ser levado por elas. E isso não vale para obras consagradas, vale para qualquer uma, desde que haja alguém para olhar, ler ou assistir. Filmes como Intolerância, Encouraçado Potenkim, Tempos Modernos, Cidadão Kane e milhares de outros filmes importantes são tachados de velhos pela maioria das pessoas e acredito que isso acabe contribuindo para gerar mais preconceito contra filmes clássicos, preto e branco ou mudos pelos espectadores modernos, mal-acostumados com explosões de cores, efeitos especiais e cenas ultra-clipadas. Não que isso seja ruim, mas o cinema de ontem não deve nada ao de hoje, mas o de hoje deve tudo ao de ontem.

E a seção de crítica retrô vai servir também para indicações de filmes que você talvez nunca tenha ouvido falar, mas que talvez venha a gostar se manter sua mente aberta e livre de preconceitos.

À todos uma boa sessão.

Comentários

disse…
Eu concordo com o seu cometário,aliás,em momento algum eu disse que a beleza exterior importa mais doque a interior (e se disse,nao foi de propósito!).
Briigada.
Anônimo disse…
Jerri: você é o cara, quero ser você quando crescer! haha . Bom eu te conheci lendo capricho, mas acho que esse tempo meu passou.. sei lá, não acho mais tão interessante quanto antes, deve ser porque já tô ficando grandinha,17 anos na cara também né? Mas graças a Deus você criou esse blog e eu vou poder te acompanhar daqui! Eu amo a sua ironia e a sua sagacidade, nossa cara você é gênio mesmo, eu vou fazer faculdade de jornalismo e quero investir mais em jornalismo online, criticando, opinando essas coisas e você, Antônio Tabet (do kibeloco) e Phelipe Cruz, também da Capricho são minhas inspirações! É de gente como vocês que o Brasil precisa, pessoas com conteudo e que usam o humor inteligente.
Anônimo disse…
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
depois de escolher um vídeo, aparece na janela do lado direito um menu, com as informações da pessoa que colocou o vídeo e uma descrição do mesmo. no fundo desse menu aparece um item chamado "embed". você só tem que seleccionar os caracteres dessa pasta e fazer "copy". no seu blog, na função "edital html", só tem que fazer "paste". o vídeo é carregado directamente para o seu blog quando fizer "publicar mensagem"
Jerri Dias disse…
Obrigado Natália. Fico feliz com seu amadurecimento e sugiro ler as colunas do Diogo Mainardi na Veja. Eu quero ser ele quando crescer...
Dá pra acessar as colunas dele no orkut pela comunidade Eu Adoro Diogo Mainardi.
Beijos.
Unknown disse…
"O cinema de ontem não deve nada ao de hoje, mas o de hoje deve tudo ao de ontem."

Sem tirar nem por, concordo muito com o que você falou.

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