OS ASTECAS E OS SACRÍFICIOS HUMANOS - História



Sacrifícios humanos eram tão normais na cultura Asteca quanto comer hóstia ao final de uma missa. Aliás, o mito da crucificação de Jesus também é um sacrifício humano. Além dos Astecas, os Maias e outras sociedades do Novo Mundo também sacrificavam pessoas aos deuses. Uma das crenças principais do mundo Asteca era de que o deu do Sol, Huitzilopochtli, necessitava ser alimentado de sangue humano constantemente (o sangue era visto com força vital).  Eles acreditavam que era isso que fazia o Sol se mover do leste para oeste nos céus. Ente os sacrificados estavam tanto prisioneiros capturados nas constantes guerras entre outras tribos como voluntários, que acreditavam que sua escolha suicida lhes trazia honra e nobreza.


Cena do filme Apocalypto (2006).

Apesar dos Astecas acreditaram que o sacrifício humano era importantíssimo para sua sobrevivência, ainda não está claro o quão sangrentos eles eram. Relatos enviados por conquistadores espanhóis e outros observadores europeus sugerem que o sacrifícios humanos ocorriam em larga escala no mundo Asteca. Segundo fontes espanholas, quase 20.000 pessoas foram mortas em uma cerimônia para honrar o Templo Mayor em Tenochtitlán em 1487. Como os espanhóis não estavam por lá na época, alguns historiadores comentaram que os relatos podem ter sido exagerados para fazer os Astecas parecerem ainda piores e justificar a conquista espanhola. Na opinião dos historiadores, embora o sacrifício humano fizesse parte da tradição religiosa Asteca, ela não era tão comum quanto os conquistadores quiseram que as pessoas acreditassem.

E vale lembrar que por mais bárbaro e atroz que isso pareça para nossas mentes ocidentais, os Astecas não consideravam isso um sacrifício humano, pois nem tinham esse conceito. Tanto que muitos eram voluntários. Também podemos nos perguntar qual a diferença dos Astecas capturando e matando prisioneiros em uma cerimônia religiosa ou capturando-os em uma guerra moderna e os fuzilando ou decapitando depois? E os campos de concentração nazistas organizados por nazistas cristãos contra judeus? E as bombas jogadas sobre escolas, hospitais e civis inocentes no Oriente Médio? No futuro alguém não poderia dizer que foram sacrifícios humanos em nome do deus Dinheiro? E mesmo naquela época, dezenas de milhares foram torturados e mortos em nome da religião católica na Europa e Oriente Médio. E centenas, especialmente mulheres inocentes, foram queimadas na fogueira.  Não era "sacrifício humano", mas a mesma crença em deuses no céu justificavam e permitiam assassinatos rituais. O resultado sempre foi o mesmo: vidas humanas sacrificadas para a perpetuação de um clero e de um sistema político.


Comentários

A única diferença é que Jesus Cristo não é um mito.
Anônimo disse…
Christian Ronaldo Pontes

Jesus Cristo não é um mito, aonde estão as provas de que ele realmente existiu da forma idealizada e fantasiosa tal qual é descrito ?
E e veio a terra e foi morto porque, se o mundo está cada vez pior ?

Agora, já que estamos falando sobre sacrifícios humanos ritualizados, devemos dizer que os cristãos e católicos adoram e reproduzem um sacrifício humano. Não sendo difícil entender porque os nativos americanos aceitariam com facilidade a nova fé e doutrina católica-cristã dos espanhóis, que adoravam a figura ensanguentada de um homem em martírio.

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