DOIS IRMÃOS: UMA JORNADA FANTÁSTICA (Onward, EUA, 2020) - Crítica



Dois Irmãos, o novo filme da Pixar/Disney remete a sátira Desencanto, a série animada de fantasia de Matt Groening (Netflix). No filme, seres fantásticos são as raças dominantes e magia é real, mas foi deixada de lado pela tecnologia e em favor da conveniência – quem precisa aprender mágica para criar luz se é muito mais fácil clicar um interruptor elétrico?

Com uma breve e divertida introdução a esse universo, logo somos apresentado a Ian, um tímido elfo que vai completar 16 anos, seu expansivo irmão mais velho, Barley e Laurel, a genitora dos dois, no típico papel forte e maternal das mamães Pixar. Bem, eu caí em um sessão dublada meio que por engano, então acabei perdendo as ótimas vozes originais de Julia Louis-Dreyfuss (Seinfeld), Tom Holland (Homem-Aranha) e Chris Pratt (Guardiões da Galáxia). Agora é esperar para rever quando sair em Blu-Ray ou streaming.


Ian descobre que tem capacidades ocultas dentro de si.


Não demora muito e logo vemos que os dois irmãos, apesar de personalidades diferentes, são ambos socialmente desajustados. Ian, tímido demais, se ressente por nunca ter tido uma figura paterna na vida, visto que seu pai faleceu antes dele nascer. Barley, nerd entusiasmado com os velhos tempos de magia, tem poucas lembranças do pai e parece estar em paz com isso.

Mas tudo muda quando descobrem que existe um meio mágico de trazê-lo de volta. Daí em diante o filme se torna um Road Movie (Filme de Estrada), onde os dois irmãos tem apenas 24 horas para realizarem o maior sonho da vida de Ian. Em uma jornada típica de filmes de fantasia, mas com uma ótima dose de humor baseada na diversão de ver criaturas fantásticas interagindo no mundo moderno, ambos encaram a típica jornada do herói respondendo ao chamado heroico: encontram uma mentora, enfrentam obstáculos, enfrentam monstros e realizam grandes sacrifícios pessoais.

Outrora um grande e famigerado monstro mítico, a Manticora hoje é gerente de um restaurante temático. 


No final, uma bela reviravolta entre os irmãos dá ao espectador a chance de se emocionar até as lágrimas. Dan Scanlon, diretor do regular Universidade Monstros (2013), acerta dessa vez ao contar essa bela história de nostalgia, devoção e companheirismo.


   

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