JERRI DIAS: A MINI-BIOGRAFIA - Parte I

Sim, eu fiz teste para o papel do protagonista de O Corvo...


Esse post é para todos aqueles dois ou três leitores(as) que pediram para saber mais da minha vida.

Na verdade produzi esse texto em 1999 para a cadeira de produção textual da faculdade de Letras, então, na parte II vão vir os últimos 10 anos.


JERRI DIAS - Uma Mini-Biografia Com Muitas Partes Omitidas


Primogênito de uma prole de três, tive toda a atenção e carinho de meus pais e avós voltadas exclusivamente para mim até o nascimento de meu irmão, onze meses após, o quê segundo meu psicólogo me disse vinte e cinco anos depois, pode ter sido a principal causa de minha bronquite. Se aos onze meses eu soubesse que essa tática da bronquite para chamar atenção fosse me trazer tantos problemas mais tarde, eu certamente teria optado por meios mais sutis.

Já na escola, era um tipo muito brincalhão. Adorava o balanço, a gangorra e todos aqueles brinquedos que a professora nos dava para brincarmos. Ela tinha uma filha pequena que estudava na mesma turma e alguns colegas espalhavam boatos de que eu gostava dela. Como eram ingênuos os meus colegas do jardim da infância... eu gostava mesmo era da mãe dela! Acho que daí veio a minha atração por mulheres loiras de óculos - coisa que durou até os meus dezesseis, quando me apaixonei por uma morena de óculos.

Com o passar de alguns anos, meus interesses se multiplicaram rapidamente e de jornalista, passei a querer ser astronauta e a seguir, aos nove anos, paleontólogo. E apesar de minha mente vagar durante alguns anos pelas florestas jurássicas, fazendo com que nos círculos familiares fosse conhecido como o intelectualzinho da família (a palavra nerd ainda não era utilizada), consegui manter meu interesse pelo esporte, em especial natação e a ginástica olímpica. Quanto ao futebol, dediquei à ele 10 anos de minha vida, pendurando as chuteiras aos 15 anos.

Mas os anos 80 chegavam junto com a moda totalmente indefinida e rídicula. Na época não ligava para essa coisa toda, mas olhando velhas fotos, vejo que ninguém vestia-se bem na época. Estávamos quase no futuro que se costumava ver nos filmes de ficção científica, quando no ano 2000, diziam, os carros voariam e os bebês seriam todos de proveta. Para preparar-me para tão moderna era fiz novas amizades em um novo bairro para o qual havia me mudado. Com essas amizades, aprendi a apreciar quadrinhos como arte, tomei contato com a doutrina espírita, passei a pesquisar discos-voadores e a sentir estranhas sensações perto de garotas. Datam dessa epóca minhas viscerais crises de paixões não concretizadas por uma colega de aula loira, a irmã loira de um amigo e uma amiga cinco anos mais velha (a tal morena de óculos!).

Porém, nem tudo era esquisito ou frustrante na minha adolescência, afinal eu começava a ganhar mesada e dinheiro fazendo pequenos bicos para os vizinhos, possibilitando a compra de muitos gibis e muitas idas ao cinema, o que junto com a literatura, acabaram tornando-se para mim o que a divina trindade é para os católicos.

Hoje, perto do novo milênio - sem sinal de carros voadores - , começo um novo capítulo em minha biografia, que é a tardia entrada na universidade, onde após muitas aventuras e desventuras amorosas e artísticas, buscarei aprimorar-me em prol da salvação da humanidade.

Mas se não der para salvar a humanidade, espero pelo menos poder salvar a minha.

Continua...


Comentários

Anne Beatriz disse…
Muito bom Jerri.
Uau, eu estava pensando nisso a algum tempo atrás, que o 3º milênio seria a explosão da tecnologia, com teletransporte e sapatos a jato.
Cammy S. disse…
Adorei!
Deixa esse sonhos tecnologicos pro prox milênio!kkkkk
Jerri Dias disse…
Anne, ainda avamos ter tudo isso no 3° Milênio, só não rolou nessa virada de século, mas daqui há uns 200, 300 anos já teremos algum teletransporte...
Anônimo disse…
Tenho notícias que já acharam um meio de se teletransportar para o futuro ou passado,mas o "Buraquinho" pra se passar nesse tunel do tempo ,é do tamanho de meio átomo de hidrogênio.Acho que nem tirando todas as costelas ia dar pra passar,iuahuiah.
E Jerri,eu tneho reniti,será que se eu for numa psicóloga ela ia me dizer que é por algum trauma de infância?rsrs
;**

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