JERRI DIAS de A - Z - A Autobiografia

 Meu irmão Jacques, meu pai Valter empurrando um balanço que não existia, e eu no outro balanço, com uma camiseta de listras horizontais que me deixava mais gordo, não reparem. 
Ao fundo, meu tio Edgar e minha tia Amália, à espera de uma oportunidade para apertar minhas bochechas.


B de BOCHECHA

Logo que aprendi a andar pelas minhas próprias pernas, descobri que aquilo era muito cansativo e vivia pedindo colo para minha mãe, que sem paciência, me montava no lombo do cachorro, que incomodado, me mordia. Nessa época eu já tinha um irmão menor do que eu, mas que não podia brincar, pois ele só fazia dormir, chorar, mamar e fazer os n°s 1, 2 e 3.
É dessa época, em que eu ainda estava meio sozinho, que conheci o terror em forma de tia. Minha tia Amália, que vinha nos visitar semanalmente, adorava pegar nas minhas bochechas e beliscá-las muito! Eu odiava aquilo e cuspia nela sempre que podia, mas de nada adiantava, ela apertava cada vez mais! Minhas pífias tentativas de escapar de suas garras de nada adiantavam, mas eu acabei crescendo e ela envelhecendo e no auge de minha forma física, aos 30 anos, ela já não conseguia mais me alcançar numa corrida.


Continua em C de Covarde.


Esse texto foi adaptado de meu antigo blog no site da CAPRICHO.


Comentários

Postagens mais visitadas