SMALLVILLE – Crítica da série
SINOPSE
Kal-El/Clark Kent, vive na (não tão) pacata cidade de Smallville, onde junto com sua família, amigos, inimigos e amores, fará a descoberta de seus poderes, da sua herança alienígena e de seus conflitos e dúvidas antes de se tornar o maior herói de todos os tempos.
A SÉRIE
Pois é, cá estou novamente falando do Superman. Uma hora vou falar só sobre minha “obsessão” por super-heróis, mas por agora vamos ficar apenas com SMALLVILLE, a série que colocou o maior ícone dos super-heróis de volta à popularidade que ele (nem) sempre mereceu. Minha esposa chama Smallville de “Malhação com super-poderes”. Ás vezes a série não é mais do que isso mesmo, mas quando ela sai dessa vibração global, ela fica bem bacana.
Tom Welling, como muitos outros, teve medo de ficar marcado pelo estigma do Superman. Atores que já vestiram a capa do herói sucidaram-se, foram assasinados, acidentaram-se ou simplesmente não conseguiram mais bons papéis após interpretarem o Homem de Aço.
Concebida pelos produtores Alfred Gough e Miles Millar, a idéia de uma série de super-herói “sem collant, sem vôo” deve ter vindo depois de uma breve análise das séries de super-heróis, que nunca duraram muito na TV, assim como nunca foram levadas a sério pela crítica e nem por jovens adultos. Apesar do visual de Superman ser idolatrado por muitas crianças do planeta, o uniforme sempre foi kitsch um shortinho curto por cima da meia-calça nunca pegou bem entre espectadores que não fossem fãs do personagem.
Mas a idéia inicial nem era realizar uma série sobre a juventude de Clark Kent/Superman, mas sim sobre Bruce Wayne/Batman. Por algum motivo o projeto “Gotham City” (invenção minha) não aconteceu, talvez a proximidade do fiasco dos últimos filmes do Batman dirigidos por Joel Schumacher tenham causado isso, mas estou apenas especulando aqui.
Michael Rosenbaum criou o melhor e mais humano Lex Luthor de todos. Espero que ele retorne, pois todo mundo sabe que Lex Luthor não morre assim tão fácil...
O piloto da série foi ao ar em 2001, com uma espantosa audiência de quase 8,4 milhões de espectadores. E na sua primeira temporada, manteve uma média de 6 milhões de espectadores, graças ao novo conceito de humanizar o personagem que é praticamente um deus andando entre os homens. Ao colocar Clark Kent como um adolescente normal, mais preocupado em arranjar um modo de se aproximar de Lana Lang do que em procurar vilões, a série cativou espectadores dos 12 aos 34 anos, segundo pesquisas.
Mas é claro que um seriado sobre a juventude de um alienígena super-poderoso não poderia passar sem cenas de ação e super-vilões.
Kristin Kreuk é uma graça, uma simpatia e ainda por cima é linda de morrer. Mas a Lana Lang dela não vale nada.
Apesar de não serem fãs do quadrinhos de Superman, os produtores fizeram o dever de casa e leram tudo o que poderia ajudá-los a construir e respeitar a mitologia do herói. Mas respeitar só até certo ponto. Personagens como Chloe Sullivan e Lionel Luthor (John Glover), nunca existiram nos quadrinhos até então.
Allison Mack, a metida Chloe Sullivan, sempre foi minha preferida no seriado. Mulheres com neurônios sempre são mais interessantes.
No entanto, apesar do sucesso entre muitos adolescentes e jovens adultos, a série começou a apresentar-se um tanto repetitiva nas duas primeira temporadas, onde em quase todo episódio havia o chamado “vilão da semana”, alguém normal que era infectado pelas pedras de meteroro (kryptonita) que acompanharam a nave de Kal-El quando ele chegou à Terra. Por mais normal ou bacana que a pessoa fosse, embora alguns fossem ruins, ao ser afetada pela radiação dos meteoros, essas pessoas, geralmente adolescentes, adquiriam super-poderes dos mais diversos e saíam matando pessoas, preferencialmente alunos da Smallville High, escola onde Clark e seus amigos estudavam. Ou seja, toda semana morriam alguns alunos na escola, mas o mais incrível na série é que nunca sequer um pai tirou seu filho ou filha daquela escola porque toda semana algum maluco matava os alunos. Vai ver é porquê na América as pessoas já estão se acostumando com os óbitos de alunos nas escolas...
Erica Durance é Lois Lane. Ela até que é ok, mas eu sempre achei essa atriz com cara de mais velha do que os outros para ficar dando uma de adolescente.
Aos poucos os chamados “vilões infectados por kryptonita” foram sendo deixados de lado (embora ressuscitem de vez em quando) para dar lugar a arcos de histórias que realmente levassem a algum lugar. Assim a mitologia de Superman foi sendo introduzida na série, revelando aos poucos todo o fascinante mundo universo construído ao longo de 70 anos de quadrinhos e filmes.
Kara-El, também conhecida por Supergirl, é interpretada por Laura Vandervoort. Mais esperta e madura que Kal-El, os episódios em que ela aparece são sempre mais interessantes.
A foto é promocional, ela não usa o uniforme na série. Uma pena...
A foto é promocional, ela não usa o uniforme na série. Uma pena...
Talvez isso explique em parte porque a audiência está por volta de 4 milhões de espectadores, já que a maioria das pessoas acabou cansando e as que pegam a série andando podem ficar confusas com tudo o que já perderam e pelo volume de super-heróis que aos poucos foram surgindo e instalando-se na série.
Pelo menos vinte heróis e vilões dos quadrinhos (remodelados e humanizados, claro) já passaram pela série e outros ainda virão. Atualmente, para mim, este é um dos grandes atrativos da série.
Até o premiadíssimo ilustrador Alex Ross entrou na torcida por Tom Welling para SUPERMAN RETURNS. Mas não rolou...
O ELENCO
Os atores, em geral são competentes, mas às vezes os roteiros são ingênuos, irritantes ou melosos demais, o que os deixa em posições constrangedoras de ter que dar diálogos toscos e bobos.
Tom Welling foi um grande achado para a série e não foi pouca a torcida para que ele vestisse a capa de Superman na nova versão de Bryan Singer. Mas Tom já está com 32 anos, o que já começa a deixá-lo menos convincente nesse papel de rapaz que não sabe o que fazer da vida.
Kristin Kreuk pode ser linda, mas é de longe a mais fraca em termos de interpretação, sem falar que seu personagem é o mais frágil em termos de construção, pois já passou por fases de adolescente deprimidinha, mulher casada, super-heroína durona e muitas outras. Parece que os roteiristas nunca souberam direito o que fazer com ela.
Chloe Sullivan foi uma boa sacada a príncipio, e eu tinha certeza de que ela iria crescer e passar a assinar Lois Lane no Planeta Diário, mas não foi bem assim e acho que os roteiristas perderam uma boa chance de serem chamados de geniais.
Michael Rosenbaum sempre foi o melhor personagem e ator do filme. Geralmente todo vilão é. Infelizmente, com a saída dos produtores originais, Rosenbaum (que também dublava o Flash no desenho da Liga da Justiça) decidiu sair e a qualidade do elenco de SMALLVILLE despencou pela metade na minha opinião. Felizmente Kreuk também resolveu sair, poupando o espectador de mais cenas chorosas e bobas.
O FUTURO
A saída dos produtores originais nunca foi explicada, mas acredito que muitas pessoas envolvidas queriam fazer com que a série fosse mais para o lado super-heróico do personagem, coisa que eles preferiam que fosse feita com moderação.
Mês que vem, SMALLVILLE começa sua 9ª temporada, disparada a série mais longeva em se tratando de Superman. A série live-action (com atores reais) AS AVENTURAS DE SUPERMAN, um programa voltado para crianças, teve 104 episódios entre 1951 e 1958. SMALLVILLE já completou 174 e aparentemente vai chegar ao 200°.
Dois anos atrás eu comentei que deveriam acabar com SMALLVILLE e passar a chamar a série de “Metrópolis”, para que Clark finalmente pudesse vestir o manto de Superman, mas acredito que isso não vá acontecer, de existir um seriado onde Superman apareça em todo episódio. Pelo menos, não com esse elenco.
Segundo li, fala-se que SMALLVILLE pode ir para uma 10ª Temporada, que seria a última. Afinal, os atores já não são mais mocinhos...
De qualquer forma, dois meses atrás li uma notícia de que os produtores de SMALLVILLE pretendiam encerrar a série realizando um epsiódio de duas horas chamado METRÓPOLIS, onde finalmente mostrariam Tom Welling como Superman.
Se não fizerem isso, eu espero que pelo menos algum deles leia português, leia o meu blog e acabe a série mais ou menos assim:
METRÓPOLIS. RUA. EXT. DIA.
Clark está andando na rua quando nuvens pesadas cobrem a cidade, uma ventania muito forte começa a soprar, todos olham para o céu e uma nave de Apokolips se aproxima e destrói um prédio da cidade com um raio de energia.
Todos entram em pânico e começam a correr, menos Clark, que imediatamente entra em um beco e abre sua camisa, exibindo o símbolo de Superman.
FIM
Neste vídeo você assiste uma das melhores cenas de todas as temporadas, o primeiro episódio da 4ª temporada. Ah, se a série fosse sempre assim...
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Ou compre aqui.
Smallville - Orkut
Gostou das fotos? Basta clicar para ampliar. Como todas aqui no blog.
Comentários
Muito obrigada pelo apoio/comentário. Me ajudou muito. bjbj
Mas confesso que sou apaixonadinha pelo Tom W. e o Michael Rosenbaum. ComoelespodemsertãolindosmeuDeus?
Juro que não entendo.
Abs.
P.s: também me pergunto quando é que essa série vai acabar?
eu adoro series, mas é um vicio novo xD
Adorei o seu blog e o texto.
Beijoos ~
Legal esse vídeo da 4ª temporada, eu ñ sabia q os efeitos especiais da série eram tão bons.
Outra coisa: Já q vc tm certo vício por super heróis, pq ñ faz um post flando dos atores do superman? Qntos já vestiram capa? Qntos se suicidaram? Algum foi assassinado, sério?
se der passa láá no meu blog, abraçs ...
Beijos, obrigada por visitar o blog. ;)
=*
sei lah, não sei se você vai se importar muito, mas eu estou dando um selinho para o seu blog ook?
beijinhos *-*
Kool Post ;)
Prefiro o humor de House. (:
Mas nem assisto tv mesmo, e não vou alugar temporadas se posso vê-las na tv... whatever, prefiro ouvir Rammstein ( e vc gosta né? hm)
é isso
bjs n me liga
xxx Henrique Teixeira
Já vi alguns episódios , mas naum me interessaram muito mesmo!
Beijo!
A série foi de boa até a 8ª temporada, depois se perdeu completamente.