DE DEUSES, DEUS E DA MALDIÇÃO DA RELIGIÃO – Ensaio

De Michelangelo: A Criação do Homem.
Ou seria A Criação de Deus?!


Como o último vídeo que postei por aqui levantou que a questão da Liberdade de Expressão ainda é algo que pessoas “religiosas” ou iludidas tem dificuldade em aceitar, resolvi escrever este breve ensaio cronológico sobre alguns dos principais panteões de deuses que existiram ao longo da história da humanidade e sua influência na conduta da mesma através de sacerdotes e todo tipo de “autoridade” religiosa política, picareta e psicopata que já andou sobre este planeta. Mas acredite, isso tem tudo a ver com Liberdade de Expressão, entre outras coisas.

50.000 A.C.

Na época em que o sentido da vida era apenas sobreviver.


O Homo Sapiens, nossa raça, caçava, manufaturava roupas de peles de animais e fabricava lanças, machados e facas rudimentares. Já existia linguagem, clãs familiares, tribos e alguma organização proto-política baseada na lei do mais forte e do mais esperto, sendo o mais forte geralmente o líder da tribo e o mais esperto, o xamã ou curandeiro. Ao xamã cabia tentar entender e explicar ao resto da tribo acontecimentos fora da capacidade de compreensão de todos: raios, vulcões, furacões, terremotos e talvez o porque da Morte.
Em algum momento de nossa história, provavelmente na África, algum xamã decidiu relacionar estes eventos e outros sem explicação lógica com seres invisíveis (ou não) que viviam nas nuvens, nas altas montanhas e vulcões, nos mares e até mesmo debaixo da terra. Ou seja, todo local inacessível para qualquer homem da época. E assim o seria durante muito tempo. Dependendo de cada tribo a quem esse conceito chegasse, os tais seres ora podiam ser animais ou homens dotados de poderes sobrenaturais. Com tal poder, tais criaturas, espíritos ou deuses, geralmente eram caracterizados como gigantes, pois nossos ancestrais faziam relação com força era o tamanho, pois isso era algo que viam na natureza, quanto maior o animal, a árvore ou a rocha, mais forte, mais alta ou mais resistente ela era. Logo, criaturas ou homens que dominassem raios, vulcões e a própria terra, tendiam a ser imensos na sua imaginação.

10.000 A. C.

O Sol, o verdadeiro e único pai de nosso sistema solar, da Terra e toda vida que há nela.

Já habitando praticamente o mundo todo, o homem moderno já havia se dividido em várias etnias em todos os continentes e em cada um, cada civilização e tribo isolada tinha sua própria mitologia de como o universo havia sido criado, como eram os deuses e tudo o mais. Em algumas civilizações os deuses eram humanos, em outras animais e em outras híbridos de ambos. Havia deuses e deusas e cada um deles dominava ou comandava determinado aspecto da natureza ou do caráter e emoções humanas. As civilizações eram politeístas (crença em vários deuses) e se havia alguma que fosse monoteísta (crença em um único deus), ela não deixou registros conhecidos. O Sol era considerado o maior dos deuses por muitas civilizações, pois era ele que fazia desaparecer a noite, deixava ver os predadores, as presas e os inimigos, trazia calor e fazia nascer as plantas (a essa altura, os agricultores da época já haviam percebido isso). Além do mais, o calor do Sol tinha relação direta com o fogo, a principal descoberta/ferramenta humana por dezenas de milhares de anos. O próprio planeta também era considerado uma deusa, pois assim como as fêmeas geravam e nutriam a vida, assim o planeta também o fazia, de acordo com nossos ancestrais.


Entre 5.000 e 100 A.C.

No Egito, o povo à margem do Nilo tinha vários deuses, acreditavam na vida após a morte e os faraós passavam a vida preocupando-se com o pós-morte. A crença na vida após a morte evoluiu em religiões como o Hinduísmo, Budismo e na era moderna, no Espiritismo e demais religiões espiritualistas. Em 1.400 A.C., o faraó Akhnaton estabeleceu por lei que o único deus seria Aton, sendo o faraó seu equivalente na Terra. Durante o seu reinado, o Egito foi obrigado a acreditar em apenas um único deus, mas com a morte de Akhnaton, todos voltaram a adorar os antigos deuses novamente.

Zeus, o pai dos deuses.
Personalidade bem parecida com a do deus judaico, mas bem mais razoável.

Enquanto isso, na Grécia “existiam” famosos deuses, titãs e semi-deuses, que mais tarde foram adotados também pelos romanos e até hoje fazem parte do imaginário ocidental. As figuras mitológicas dos gregos eram como qualquer pessoa normal de ontem e de hoje: sujeita a paixões arrebatadoras, momentos de sabedoria e pura ira.

Já na Índia, por volta de 1.700 A.C., o Hinduísmo se estabelece com seus 33 Devas (deuses), mais tarde expandidos para 330 milhões divindades (significando o Infinito). Com quase 4.000 anos de idade, o Hinduísmo hoje tem cerca de 1 bilhão de seguidores (1/6 da população mundial). O Hinduísmo, (apesar de seu absurdo sistema de castas que exclui socialmente e economicamente dezenas de milhões de pessoas), até hoje, provou-se uma religião pacífica em termos de guerra, pois não se sabe de nenhuma invasão ou genocídio de outros povos e países em nome de sua religião.

Mas entre 2.000 e 1.7000 A.C., na Pérsia (hoje Irã) e arredores, surgia a primeira crença baseada em um deus único, mas com um grande diferencial: ele era benevolente e amoroso. Ahura Mazda era seu nome e nenhum mal emanava dele. Seu profeta era Zarathustra e ele pregava paz, caridade e boas ações entre os homens. Essa religião, hoje chamada Zoroastrismo, tem poucos adeptos hoje, em sua maioria gnósticos e místicos.

Moisés chega com as tábuas dos 10 Mandamentos!
Quem obedeceria os 10 Mandamentos se ele disesse que foi ele quem escreveu isso lá em cima na montanha?!

E lá no meio do deserto, em algum lugar onde hoje é Israel, as origens do Toráh (ou Velho Testamento) se dão com uma pequena tribo que cria um deus único só para ela e para mais ninguém. E Abraão, seu principal profeta, diz que eles são o povo escolhido e ao longo de centenas de anos, punições severas e mortais são dadas a todos os povos que desafiam a lei “criada” pelo “deus” judaico. Vivendo em terreno hostil, cercado de guerra e escravidão por todos os lados, criar um deus único para tribos pequenas com uma língua em comum foi um ato político e estratégico que garantiu a sobrevivência delas e mais além, sua supremacia até a chegada dos romanos. Aparentemente, o deus judaico valentão, vingativo e ególatra que necessitava de sacrifícios animais constantes e queria destruída toda nação que não o adorasse, não resistiu ao ataque dos deuses romanos da guerra e esqueceu para sempre de fazer seus famosos milagres para salvar seu povo escolhido. Até a criação de Yavéh, o deus judaico, a maioria das guerras e massacres tinham objetivo políticos e econômicos. Deuses eram invocados, mais com o intuito de ajudar nas campanhas militares do que como sendo o motivo para massacrar uma tribo ou povo. Com "Yavéh no comando", as guerras e massacres passaram a ter mais conotação religiosa e tudo era feito em seu nome e por causa dele, como um meio de convencer o povo de que eles “tinham a força”. Mas como religião dominante na região, o Judaísmo só estabeleceu-se mesmo entre 700 e 600 A.C. Com o Judaísmo, a subserviência e inferioridade da mulher ao homem é assegurada por um suposto ser sobrenatural e não apenas pela força bruta.


Auto-conhecimento e paz de espírito.
O homem se basta.


Finalmente, entre 600 e 400 A.C., nasceu Siddartha Gautama, que mais tarde se tornaria Buda (Iluminado), teria discípulos e deixaria diversos ensinamentos para ajudar todo homem e mulher em busca de uma iluminação pessoal e sem intermediários. Uma evolução do Zoroastrismo, Buda não pregava a existência de deus algum, mas que todo ser humano seria capaz de atingir o Nirvana (o paraíso da paz interior) e se tornar um com o Universo. Amor, paz, caridade e todo pensamento e ação positiva são encorajadas pelo Budismo, que acredita que todo o sofrimento interno é ilusório e causado por nós mesmos (Freud milhares de anos antes) e todo sofrimento real deve ser encarado como passageiro, assim como a felicidade. A existência do Buda, sua ordem e parte de seus ensinamentos é comprovada por diversos registros históricos e reconhecida pelos historiadores.

Entre 100 e 1. A.C.


Alguns anos atrás, antropólogos e historiadores decidiram finalmente desmascarar o Jesus europeu que nunca existiu. Jesus, se existiu, era judeu, tinha pele escura e usava barba e bigode como todos de sua época.


Supostamente, nessa época, nasceu um homem chamado Jesus que teve discípulos e que tentou adaptar ensinamentos e lições muito parecidas com as do Budismo dentro da tradição judaica. A maioria dos historiadores não coloca a mão no fogo por esse Jesus, pois naquela época havia muitas pessoas com esse nome e a única prova da existência de um Jesus nessa época é do historiador Josefo, que em duas linhas, cita apenas que Jesus e um outro homem foram condenados a morte. E só. Poderia ser qualquer um...


Entre 40 E 140 D.C.

Décadas depois da suposta morte de um Jesus que pode nunca ter existido, surgem diversos evangelhos adotados pelos cristãos como sendo o Novo Testamento. Mas nem todos foram aceitos, os que continham passagens que não condiziam com as inclinações políticas e sociais dos que detinham o poder, foram considerados apócrifos (não autênticos – como se eles tivessem condições de saber qual era falso ou qual era verdadeiro). Nos evangelhos, escritos por supostos discípulos ou cristãos que provavelmente tiveram contato com o Budismo, idéias e conceitos radicais foram introduzidas as já conhecidas leis judaicas, as principais sendo que o vingativo e psicopata deus do deserto dos judeus agora é um deus do amor. Esse novo conceito é mais ou menos como dizer que o serial killer Charles Manson agora passa a ser Gandhi, e qualquer um que esteja disposto a acreditar nisso tem que usar de muita “suspensão da descrença” para conseguir acreditar em um deus esquizofrênico desses. A outra é a existência do Inferno, obviamente inspirado no Hades grego, mas agora, com torturas eternas. Na arena política, travestida de religião, os cristãos passam a culpar os judeus pelo assassinato de Cristo, esquecendo completamente que seu suposto messias pedia para perdoar os pecados dos outros.

325 D.C.

O Concílio de Nicéia ou Como Enganar os Outros e se Dar Bem por Séculos!


Ocorre o Concílio de Nicéia, com um dos último imperadores romanos, Constantino, O Grande, responsável pela conversão de Roma (e do mundo ocidental por tabela) para o Cristianismo. Nesse Concílio, do qual participaram 318 bispos, foi decidido que Deus é deus e senhor, Jesus Cristo é deus e senhor e o Espírito Santo é deus e senhor e apesar de serem entidades separadas, eles são um só e só um deus deve ser adorado. Com essa conclusão sem lógica (o que não é novidade), a Igreja Católica passou a ser uma religião politeísta (adoração de um ou mais deuses) que nunca saiu do armário do monoteísmo. Hoje em dia é visível a adoração à Jesus ou ao Espírito Santo pelos evangélicos sobre o próprio deus cristão. Junte todos os supostos santos e você deve ter quase tantos deuses pra rezar, pedir coisas, agradecer e pagar promessas quanto os hindus.

Entre 354 e 2005 D.C.

Santo Agostinho, um dos maiores filósofos cristãos, cria o conceito do Limbo, para explicar o que aconteceu com as almas de todos aqueles que morreram sem conhecer o Cristo. Isso valia também para todos que morressem sem ser batizados ou desconhecessem a palavra de Deus, ou seja, todos que não fossem católicos ou judeus, iriam para o Limbo. Por isso as crianças passaram a ser batizadas ao nascer, pois caso não o fossem e viessem a falecer, suas almas não iriam para o céu, mas para o Limbo. O engraçado disso é que eles nem precisaram dizer que foi uma revelação de Deus dessa vez, a Igreja apenas sancionou esse Dogma e ficou assim até 2005, quando o Papa Bento XVI convocou 30 teólogos e decidiram que o Limbo das crianças não existia e que todas elas iam direto para o céu.
É, até o Papa tem que fingir que trabalha de vez em quando, mesmo que seja um trabalho imaginário.


Entre 391 e 415 D. C.


Séculos de conhecimento perdidos para sempre.
Um atraso de mil anos na história da humanidade.

Com o Cristianismo oficializado como a religião do estado Romano pelo imperador Teodósio I, os cristãos e nascente Igrja Católica finalmente tem status superior na sociedade e na cidade de Alexandria, fazem uso de sua liberdade de expressão queimando e destruindo o que restava da famosa Biblioteca de Alexandria, o maior centro de conhecimento do mundo ocidental.
Informações como a circunferência de Terra (com menos de 1% de erro) e um projeto de uma máquina a vapor foram documentos perdidos na época. Para descobrir que a Terra era redonda novamente, só a partir do século XV, com as navegações espanholas e portuguesas. Quanto a máquina a vapor (criada no século II A.C.), a humanidade só redescobriria o processo 1.800 anos depois.

Anos antes da ascenção da Igreja Católica a tolerância às práticas religiosas, a liberdade de expressão e a sede de conhecimento eram quase comparáveis aos dias atuais. Mas no poder, os cristãos trataram de calar todas as bocas. Filósofos, cientistas e outras correntes religiosas (judeus, principalmente) passaram a ser perseguidas, pressionadas e mortas.
Hyapatia, uma das grandes filósofas e cientistas da Alexandria dessa época, foi atacada, apedrejada e esquartejada por uma turba de cristãos enfurecidos. Politicamente influente e mulher, ela era algo que não poderia ser tolerado pela nova ordem.

A partir daí, a Igreja Católica reinou soberana na Europa, proibindo o acesso a cultura a qualquer um que não fosse nobre ou do clero. Começa aqui o período histórico de 1.000 anos que os historiadores deram o nome de Idade das Trevas, devido a ignorância, intolerância e preconceito que o mundo ocidental mergulhou. Um belo feito para a igreja de “deus”. Eles devem sentir saudades dessa época até hoje...

Século VI D.C.

O papa Gregório I institui os 7 Pecados Capitais como uma forma de incutir mais medo e obediência em um povo ignorante e com medo do Inferno e do Fim dos Tempos, que vivia sendo anunciado.
A estas alturas, sexo sem fins de procriação era visto como um grande pecado e ajudou a manter bilhões de pessoas neuróticas, insatisfeitas e sentindo-se sujas ao longo do séculos. Funciona até hoje...

Perseguições esporádicas aos judeus acontecem em todo lugar e época. Todo o clero católico aponta os judeus como os assassinos de Cristo em qualquer sermão ou obra sobre o assunto.Durante centenas de anos, a Igreja continuaria culpando os judeus, o que acabou culminando em todo o preconceito que existe contra a cultura judaica até hoje.
“Uma mentira, dita cem vezes, torna-se verdade.”
Josef Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler disse isso durante a 2ª Guerra Mundial.
Ele deve ter aprendido isso com a Igreja Católica.

Século VII D.C.


Em nome de Alá, o Islã conquistou metade da Europa na baixa Idade Média.

No Oriente Médio, Maomé, um comerciante, torna-se religioso, político e militar ao mesmo tempo ao congregar seu povo ao Jihad (Guerra Santa) em nome de Alá (deus). Com seus ensinamentos e a palavra de “deus” reunidas no Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, o Islamismo é fundado.
Reconhecendo Abraão, Moisés e Jesus como profetas de deus, o Islamismo reconhecia o direito de existência dos judeus e cristãos, mas que tanto o Velho como o Novo Testamento haviam sido corrompidos ao longo do tempo e que a única e verdadeira palavra de deus estava no Corão.
Maomé, como Abraão, conseguiu unificar as tribos árabes fez guerra contra todos em nome de Alá. Mais um exemplo da loucura dos “seguidores de deus”.
Islã significa “submissão à deus”, “paz”, rendição” e “caminho da paz”. Para os muçulmanos mais radicais, ou você se submete à eles ou eles te mostram o caminho da paz... no cemitério.

A cultura árabe é extremamente rica e interessante e deve ser preservada a todo custo. O Corão contém diversas passagens belas e inspiradoras, assim como passagens aterradoras e preconceituosas, pois como a Bíblia, ela foi escrita por homens ignorantes, sedentos de poder e que muito provavelmente odiavam mulheres, pois em ambos as mulheres não são mais do que servas do homem.

Hoje em dia, graças a campanha de terror da mídia e do governo americano, o Islã é sinônimo de terrorismo, mulheres de burka e talibãs loucos executando qualquer um em nome de deus. Mas os líderes muçulmanos pouco ajudam na reversão dessa imagem.


Séculos XIII à XVII

No período conhecido como Renascimento ou Renascença, que aconteceu em diversos países da Europa, filósofos, cientistas e artistas redescobriram a cultura e os valores gregos e romanos (pré-cristandade) e atreveram-se a desafiar dogmas da Igreja. Muitos foram presos e mortos, mas suas idéias sobreviveram e devemos boa parte do pensamento, tecnologia e liberdade de expressão moderna à esses homens e mulheres (poucas, pois elas não podiam fazer quase nada) que ousaram olhar por cima da Bíblia “Sangrada”.


A inquisição foi a época perfeita para todos os padres, bispos e cardeais piscóticos, neuróticos e misóginos mostrarem como eles odiavam as mulheres.
9 entre 10 acusados de bruxaria eram do sexo feminino.


Nessa época, a maioria dos judeus, cansados de tantos massacres e perseguições pelos católicos, fugiram para o Oriente Médio (dominado pelo Império Otomano) ou para as Américas. No Oriente Médio, cercados por árabes, eles podiam viver em paz, praticar sua língua e religião, bastando para isso, pagar um pouco mais de impostos.
Nos dias atuais, Israel cospe na cara do único povo que o recebeu pacificamente durante aqueles séculos de chumbo.

Século XIX


O livro que chocou o mundo.

Com a publicação de A ORIGEM DAS ESPÉCIES, de Charles Darwin, um dos maiores dogmas da Igreja Católica começa a cair por terra, a de que “deus” criou o homem. Afinal, de acordo com Darwin e que todo cientista moderno concorda, todos viemos de um ancestral primata comum e antes dele, de um mamífero comum (algo com um rato) e antes disso, de um réptil, anfíbio, peixe e molusco até chegar a uma criatura unicelular. Se “deus” nos criou a sua imagem e semelhança, das duas uma: “deus” é um macaco ou uma bactéria!
Ei, isso até que explicaria essa bagunça toda!
Bem, juntando Darwin com o filósofo Niesztche, que proclamou “Deus está morto!” a Igreja Católica e a religião como um todo começa finalmente a recuar.

SÉCULO XX

As grandes descobertas científicas dos séculos passados e deste século se acumulam sobre as cabeças dos religiosos e finalmente a maioria deles, em especial a Igreja Católica, começa a admitir que certas passagens da Bíblia são metáforas e alegorias e não devem ser interpretadas literalmente.
Ou seja, para não perder, eles começam a mudar as regras do jogo. Durante milhares de anos a Bíblia era literal e quem duvidasse era preso ou morto, mas agora, como não dá para fazer isso sem causar o escândalo que muçulmanos radicais causam, a Igreja muda de opinião.
Vale lembrar que entre 1939 e 1945 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas de forma cruel e covarde. Para Hitler, foi fácil convencer os alemães de que judeus eram ruins e deviam morrer, a Igreja Católica já havia feito lavagem cerebral nas pessoas durante centenas de anos. Hitler apenas repetia o que dezenas de Papas antes dele já havias dito ou feito. E depois da guerra, a Igreja Católica acobertou e ajudou nazistas católicos a escaparem para outros países.
E quer saber de um fato engraçado: nenhum Papa jamais excomungou os nazistas por seus pecados, mas todos os comunistas o foram. Afinal, comunista não acredita em “deus”...

Vala comum de judeus executados pela fome e doenças em campo de concentração nazista.
Uma vala que a Igreja Católica ajudou a cavar.

SÉCULO XXI


9/11/2001 - O Dia em que a Terra Parou para assistir as notícias.

Sentindo-se humilhados e tratados como escória pelas grandes potências durante todo o século XX, o povo árabe voltou-se ainda mais para sua religião para conforto e retaliação. Com o ataque ao World Trade Center, o milenar choque Ocidente X Oriente se torna real até para quem nunca havia lido ou escutado palavras como muçulmano ou Império Americano.
De um lado, alguns milhares de muçulmanos psicopatas e misóginos dispostos a mandar todos pelos ares pelo simples fato de não nos comportarmos como eles querem e do outro, nações ricas que dizem que “deus” está do lado delas e que todo dia assassinam economias, matando mil vezes mais gente do que qualquer terrorista jamais sonharia.

"Deus abençoe a América"
Claro, "deus" está sempre do lado do mais forte...

Eu poderia escrever sobre as Cruzadas, sobre as guerras papais pelo poder, sobre os talibãs, sobre os padres, bispos e cardeais pedófilos, bispos evangélicos picaretas que só querem seu dinheiro, etc, mas eu ficaria uma eternidade desfiando os pecados e atrocidades de todos esses homens e instituições abençoadas por “deus”.




Então, para finalizar, eu tenho uma pergunta:

Você compraria produtos de empresas com tradição milenar que tem no seu currículo centenas de milhares de mortes de homens, mulheres e crianças; que quando tiveram oportunidade, calaram, prenderam e executaram toda voz que se levantou contra elas; que durante mil anos mantiveram centenas de milhões no analfabetismo e na ignorância propositalmente; que pregam humildade e desapego de valores materiais quando todos os seus líderes vivem em palácios, andam em carros importados e tem todo tipo de luxo e que na maior parte de suas vidas, nunca trabalharam de forma produtiva?!

Bem, se mesmo sabendo que essas empresas são picaretas, hipócritas, avarentas, pervertidas sexuais, você acha que não tem nada demais comprar o produto podre que elas vendem, então vá em frente e continue mentindo para si mesmo que o produto invisível que eles criaram vai te fazer feliz!
Ou pelo menos escolha uma religião com ficha limpa!


E para descontrair, Sarah Silverman mostra como a Igreja Católica pode recuperar seu cartaz com a humanidade!





Nota Final: Para fazer este ensaio, me baseei em livros de história, filosofia, antropologia, documentários dos canais History, Discovery, National Geographic, entrevistas com cientistas de diversas aéreas que li e assisti ao longo dos anos e muita pesquisa no Google em sites sérios, a maioria em inglês. E caso alguma informação esteja errada, aceito correções (científicas e lógicas) para modificar o texto.


Se for para acreditar em bobagem, eu acredito no Deus Monstro Spaghetti.
Aleluia!

Comentários

Anônimo disse…
Jerri, seu blog está decaindo muito! Sempre acompanhei e amava, mas agora confesso que não vejo mais graça. Demora muito pra postar! Não pode ser assim! Tem que ficar mais ativo! E pare de falar sobre religião!
Vanessa Taborda disse…
Jerri, amei seu "resumão" sobre a religião. Sou católica e nem por isso falo q ela é a melhor e unica, como muitos falam. Se as pessoas parassem de ver as novelas e fossem assistir alguma coisa q presta como os documentarios da Discovery e da History. é como dizem o pior cego é aquele q nao quer ver.
bia disse…
vc ta sendo besta d fala sobre religião
Anônimo disse…
Um resumo lúcido e imparcial. Parabéns.
Rafa disse…
Vou orar por você.
Rafa disse…
Vou orar por você.
Rafa disse…
Vou orar por você.
Anônimo disse…
Oiii
adorava seu blog mas o nivel realmente está decaindo mt
eu não sabia que liberdade de expressão era chamar de ignorante ( o mais leve) pessoas que não pensam da mesma maneira que você... super igualitario vc ein oO
e outra, se para vc não existe e etc e tal q não me convém pq vc tem tanta raiva de algo q não existe ...?
sugiro vc falar de assuntos banais e engraçados do cotidiano q eu me divertia mais
Anônimo disse…
Eu gostei do seu blog, leio também o que você escreve na Capricho, mas não acho que você tenha sido 'feliz' na escolha de religião como assunto pra um post.
Ainda mais se você só mostrar o 'lado negro' da Igreja.
Anônimo disse…
Falar sobre religião é falta de lucidez, religião é um tipo de coisa que não se conversa por que cada um tem a sua fé. Mesma coisa que opção sexual, mais usam da palavra "liberdade" para seguir caminhos errados e botando a culpa nas pessoas. A escolha é sua, não fala de religião.
Mari disse…
É sempre um desafio falar de religião, principalmente para aqueles que veem com os olhos da religião o que na realidade você está fazendo de uma forma científica, é um verdadeiro tratamento de choque.

Primeiro, todos sabemos que não é fácil questionar uma questão tão poderosa no nosso imaginário, tem que ter paciência com as pessoas em geral, a não aceitação de novas idéias é sempre mais fácil.

A segunda parte que gostaria de comentar é, o nos tempos da pré história o sentido de comunidade era bem maior do que de fato essa visão de 'competição' que algumas pessoas plantaram, todo mundo tinha que colaborar de alguma coisa, então não existia exatamente um líder, eram apenas funções.


Interessante você por também no texto os rituais de adoração, antes eles eram bem mais sangrentos, por isso veio essa idéia de "nada é possível sem sacrifício", hoje o sacrifício é trabalhar hauhauhuahauhau mas naquela época era literalmente sacrificar algo, seja um animal ou até um humano considerador inimigo.


Os deuses gostavam desse tipo de adoração na visão dos humanos e demorou pra gente se desapegar disso, teoricamente, vendo pela quintana, ainda não nos desapegamos ...hoje chamam isso carinhosamente de macumba ahuahuahhauhauhau


mas muito interessante o post, principalmente na separação da idéia de que divindades não era perfeitas e passa a ser 'perfeita', o ser humano sempre buscou uma explicação para absolutamente tudo, e desde a pré história associa os eventos da natureza a deuses, porém é preciso entender, Deus pode explicar tudo na sua concepção, mas o ser humano não, então temos que abandonar essa visão de que tudo tem uma explicação para realmente evoluirmos como seres humanos.

Só buscaremos o conhecimento a partir do momento que admitirmos não te-lo totalmente, e eu não falo apenas de conhecimento científico, falo de novas alternativas de vida em sociedade mesmo, estamos batendo uma mesma tecla a milhares de anos nesse quesito.

Enfim, me excedi xD hauhuahahuahuah mas gostei do post, muito completo e interessante.
Parabéns!!!
Adorei teu artigo!
Abraço.

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