WINK! - Blog Convidado
Conheci o WINK!, blog da Mia Sodré depois de participar de um pequeno debate com ela e outras pessoas no Facebook e confesso que fiquei surpreso com o desenvoltura e o senso crítico dela em relação às coisas ao seu redor. Na sua descrição do blog ela diz que tem 17 anos, é gaúcha, evangélica, web designer, insegura, dramática e aspirante à escritora, entre diversas outras coisas.
Bom, para vocês terem uma palhinha do WINK!, selecionei o texto abaixo:
Se há algo que é certo nessa vida é a morte. É algo inevitável, prometido a nós desde o dia em que nascemos. Mas antes dessa promessa se cumprir, nós todos esperamos que algo de interessante aconteça a nós. Todos esperamos passar por algo que torne nossas vidas significativas. Mas o fato mais triste é que nem todas as vidas têm esse significado, alguns apenas vivem sem viver. Alguns apenas passam a vida esperando que algo aconteça a elas antes de irem embora definitivamente.
Nunca gostei da ideia de dizer adeus às coisas. Apenas o breve pensar em partir me deixava sempre muito confusa, muito impotente, muito bagunçada. Sempre quis ser imortal, fazer grandes coisas, ser lembrada pela eternidade. Sonhei com grandes esculturas, homenagens, lágrimas e um sentimento de perda por minha partida. Sempre fantasiei demais, é verdade. Mas quem nunca fantasiou na vida?
Vocês devem estar assustados, afinal nunca fui de escrever cartas ou demonstrar sentimentos em vida, mas há algo de extraordinário na morte: ela consegue fazer coisas que nunca pensamos enquanto tínhamos todo o vigor da juventude. Nela há reflexões, saudade, nostalgia. Há um certo tipo de mágica fatal que a envolve. Devo confessar que sempre pensei que me sentiria angustiada nessa hora, mas agora me sinto tão aliviada, como nunca estive antes. Sim, alívio, é tudo o que sinto. É indescritivelmente incrível o que acontece com você nessas horas: seu cérebro parece estar fora do corpo, você já parece estar em uma outra dimensão, apesar de este ser o mesmo ambiente em que passou parte da vida.
Durante minha vida, sempre fui uma pessoa muito observadora, sempre me preocupei com detalhes. Tentei tanto ser lembrada depois da morte que acabei me frustrando em vida, procurando almejar a perfeição. Agora vejo que tudo isso não passa apenas de uma breve ilusão, e que viver com medo de algo não é viver. Quero que todos vocês saibam que não tenho arrependimentos, de forma alguma. Sempre fiz tudo o que quis fazer, sempre fui o centro das atenções e isso foi muito satisfatório por um tempo, apesar de todos os problemas que me trouxe também.
Se há algo que eu lhes peço é o seguinte: não falem de mim após minha morte como uma pessoa praticamente "santa", como muitos fazem com seus entes queridos. Não disfarcem meus defeitos; pelo contrário: exponha-os, juntamente com as qualidades, pois foi com toda essa mistura entre bem e mal que consegui chegar onde cheguei.
De repente, eu consigo ver claramente o mundo que estou deixando para trás. Apesar de meus sentidos já estarem bem enfraquecidos; sabores, toques, cheiros e sons já começam a se tornar uma memória distante. Claro que a maioria das coisas que são visíveis para os que já partiram são visíveis para os vivos também; se ao menos eles parassem para ver.
Agora as lembranças, apesar de distantes, estão se tornando cada vez mais claras. Sim, eu me lembro do mundo, de cada detalhe. E o que eu mais me lembro era de quão assustada eu era. Que bobagem! Viver com medo nunca é viver de verdade. Gostaria que as pessoas que deixo para trás soubessem disso, mas será que faria alguma diferença? Provavelmente não. Sempre vai ter quem encara seus medos e quem foge deles. Eu encarei os meus, e estou aqui agora. Será que esta é a alternativa correta? Não sei. Mas de qualquer forma quero que saibam que sentirei saudade de todos vocês, que fizeram parte da minha vida, e espero que de alguma forma eu possa ter feito diferença nas suas.
Até algum dia.
(Mia Sodré lembra a todos de que a morte é inevitável)
Esta é uma carta fictícia escrita especialmente para o Projeto Bloínques, 48° edição de cartas.
Quer ler mais?
WINK!
ENQUANTO ISSO...
Tuítes para causar no twitter! Lá na seção Diversão do site da CAPRICHO!
E como sempre, tem postagem nova no Blog do Jerri!
E a enquete sobre a OFICINA DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO PRA BLOG acabou e o resultado foi o seguinte:
23% topam pagar os olhos da cara pela oficina!
54% topam pagar contanto que sobre dinheiro para o McDonald's!
22% não pagam nada e se pudessem me roubariam!
Então, a OFICINA deve sair!
Aguarde informações em breve!
Bom, para vocês terem uma palhinha do WINK!, selecionei o texto abaixo:
FEAR NO MORE
Se há algo que é certo nessa vida é a morte. É algo inevitável, prometido a nós desde o dia em que nascemos. Mas antes dessa promessa se cumprir, nós todos esperamos que algo de interessante aconteça a nós. Todos esperamos passar por algo que torne nossas vidas significativas. Mas o fato mais triste é que nem todas as vidas têm esse significado, alguns apenas vivem sem viver. Alguns apenas passam a vida esperando que algo aconteça a elas antes de irem embora definitivamente.
Nunca gostei da ideia de dizer adeus às coisas. Apenas o breve pensar em partir me deixava sempre muito confusa, muito impotente, muito bagunçada. Sempre quis ser imortal, fazer grandes coisas, ser lembrada pela eternidade. Sonhei com grandes esculturas, homenagens, lágrimas e um sentimento de perda por minha partida. Sempre fantasiei demais, é verdade. Mas quem nunca fantasiou na vida?
Vocês devem estar assustados, afinal nunca fui de escrever cartas ou demonstrar sentimentos em vida, mas há algo de extraordinário na morte: ela consegue fazer coisas que nunca pensamos enquanto tínhamos todo o vigor da juventude. Nela há reflexões, saudade, nostalgia. Há um certo tipo de mágica fatal que a envolve. Devo confessar que sempre pensei que me sentiria angustiada nessa hora, mas agora me sinto tão aliviada, como nunca estive antes. Sim, alívio, é tudo o que sinto. É indescritivelmente incrível o que acontece com você nessas horas: seu cérebro parece estar fora do corpo, você já parece estar em uma outra dimensão, apesar de este ser o mesmo ambiente em que passou parte da vida.
Durante minha vida, sempre fui uma pessoa muito observadora, sempre me preocupei com detalhes. Tentei tanto ser lembrada depois da morte que acabei me frustrando em vida, procurando almejar a perfeição. Agora vejo que tudo isso não passa apenas de uma breve ilusão, e que viver com medo de algo não é viver. Quero que todos vocês saibam que não tenho arrependimentos, de forma alguma. Sempre fiz tudo o que quis fazer, sempre fui o centro das atenções e isso foi muito satisfatório por um tempo, apesar de todos os problemas que me trouxe também.
Se há algo que eu lhes peço é o seguinte: não falem de mim após minha morte como uma pessoa praticamente "santa", como muitos fazem com seus entes queridos. Não disfarcem meus defeitos; pelo contrário: exponha-os, juntamente com as qualidades, pois foi com toda essa mistura entre bem e mal que consegui chegar onde cheguei.
De repente, eu consigo ver claramente o mundo que estou deixando para trás. Apesar de meus sentidos já estarem bem enfraquecidos; sabores, toques, cheiros e sons já começam a se tornar uma memória distante. Claro que a maioria das coisas que são visíveis para os que já partiram são visíveis para os vivos também; se ao menos eles parassem para ver.
Agora as lembranças, apesar de distantes, estão se tornando cada vez mais claras. Sim, eu me lembro do mundo, de cada detalhe. E o que eu mais me lembro era de quão assustada eu era. Que bobagem! Viver com medo nunca é viver de verdade. Gostaria que as pessoas que deixo para trás soubessem disso, mas será que faria alguma diferença? Provavelmente não. Sempre vai ter quem encara seus medos e quem foge deles. Eu encarei os meus, e estou aqui agora. Será que esta é a alternativa correta? Não sei. Mas de qualquer forma quero que saibam que sentirei saudade de todos vocês, que fizeram parte da minha vida, e espero que de alguma forma eu possa ter feito diferença nas suas.
Até algum dia.
(Mia Sodré lembra a todos de que a morte é inevitável)
Esta é uma carta fictícia escrita especialmente para o Projeto Bloínques, 48° edição de cartas.
Quer ler mais?
WINK!
ENQUANTO ISSO...
Tuítes para causar no twitter! Lá na seção Diversão do site da CAPRICHO!
E como sempre, tem postagem nova no Blog do Jerri!
E a enquete sobre a OFICINA DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO PRA BLOG acabou e o resultado foi o seguinte:
23% topam pagar os olhos da cara pela oficina!
54% topam pagar contanto que sobre dinheiro para o McDonald's!
22% não pagam nada e se pudessem me roubariam!
Então, a OFICINA deve sair!
Aguarde informações em breve!
Comentários
Beijo
http://www.garotasdizem.com/